REUNIÃO COM DONOS DE QUADRAS NÃO AGRADA O SETOR!
Por Carlin Moura – Vereador de Contagem
Foi realizada hoje (23) uma reunião virtual organizada pela Prefeitura de Contagem que contou com a presença da Prefeita Marília Campos, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Subsecretaria de Esportes e Coordenadoria da Vigilância Sanitária e mais de 100 representantes de quadras e escolinhas esportivas de Contagem.
O pleito era para que a Prefeitura formalizasse o Protocolo Sanitário para a reabertura do setor, em especial da prática de esportes coletivos, incluindo as escolinhas de formação e o aluguel de horários.
Os benefícios da prática de esporte foram relembrados no início da reunião para dar embasamento às falas seguintes. Não há controvérsias no fato de que a prática de esporte, em quaisquer de suas modalidades, são fundamentais para o aumento da imunidade, bem-estar físico e psicológico, além de manter a socialização minimamente garantidas.
Porém, a reunião tomou outro viés quando a Prefeitura dividiu o segmento em dois, separando as escolinhas do uso das quadras. Também foi apontado como pré-requisito para o andamento da discussão a criação de Associações representativas dos segmentos para o debate de uma minuta de Protocolo.
Durante a discussão, os proprietários das quadras alertaram que para a viabilidade econômica do negócio seria essencial o funcionamento das escolinhas em conjunto com o aluguel do espaço. Apenas a liberação de uma das subatividades proposta pelo Governo inviabiliza a manutenção das quadras abertas, e que uma abertura somente para as escolinhas não atenderia as demandas do setor.
O representante da Vigilância Sanitária propôs visita prévia às quadras para que o Comitê PACTO PELA VIDA possa estabelecer a possibilidade ou não da aplicação do Protocolo, o que demandaria tempo e atrasaria os anseios dos empresários.
Foi anunciado pela Subsecretaria de Esportes que já foi elaborada pela Prefeitura uma minuta de Protocolo para o funcionamento das Escolinhas e um documento para adesão dos empresários, e que a reabertura das quadras para aluguel não estava em discussão, o que foi prontamente questionado pelos proprietários de quadras presentes.
Conclui-se que não houve atendimento às demandas dos empresários, que não houve previsão de datas para implementação do protocolo, que as escolinhas de esporte poderão sofrer uma queda considerável pela inviabilidade de se manter as quadras abertas somente por um pequeno período, e que o Governo ganhou “tempo” na discussão para reabertura das escolinhas e principalmente na atividade de aluguel de espaços para atividades esportivas.
Percebe-se também que a Prefeitura, além de ganhar tempo, insiste em exigências ilegais como a obrigação dos proprietários estar veiculados a alguma associação, e continua com tratamento discriminatório ao setor esportivo da cidade, pois autoriza alguns segmentos e impede outros de trabalhar.
Com a aprovação da Lei Municipal, que considera todas as atividades esportivas como serviços essenciais, o correto seria a Prefeitura autorizar o imediato funcionamento de todos os estabelecimentos esportivos da Cidade e ir monitorando diariamente o cumprimento dos protocolos de segurança, mantendo diálogo permanente com seus proprietários, independentemente desses estarem associados ou não a associação A ou B.
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