O Vereador Carlin Moura, acompanhado do coordenador operacional do Instituto de Defesa Civil Corpo de Emergência e Operações Táticas Nacional (IDEC CEOTAN), Samuel Lara, visitou nesse último sábado, 22/01, a cidade histórica de Ouro Preto/MG que foi mais uma profundamente afetada pelo grande volume de chuvas que precipitou em Minas Gerais, entre dezembro do ano passo e janeiro de 2022.
Eles visitaram as áreas afetadas na cidade e especialmente o local do desmoronamento de terra que provocou o soterramento total do Casarão Colonial no pé do Morro da Forca, na Praça da Estação.
Durante a visita, Carlin teve a oportunidade de conhecer e conversar pessoalmente com a engenheira da Defesa Civil, Paloma Magalhães. Paloma ficou conhecida no Brasil e no mundo pela agilidade nos procedimentos que impediu que o desmoronamento que destruiu os imóveis históricos no Morro da Forca, ocorrido no último 13/1, não se transformasse em uma tragédia maior.
Paloma Magalhães é formada em Engenharia de Minas e está na Defesa Civil de Ouro Preto há três anos. Ela destaca a importância dos municípios reforçarem suas defesas civis, garantindo profissionais permanentes e capacitados.
Ocorrências em Ouro Preto
Segundo a Defesa Civil, nos últimos quatro dias foram registradas em Ouro Preto mais de 400 ocorrências. Devido às chuvas recorrentes e aos riscos nas encostas do município, entre os dias 8 a 14 de janeiro cerca de 252 pessoas foram removidas de seus imóveis e direcionadas para casa de parentes, amigos ou locais de abrigo direcionados pela Defesa Social.
Importância da Defesa Civil
Carlin destacou que Paloma deu um grande exemplo de dedicação e capacidade técnica. Segundo ele, a defesa civil de Ouro Preto está de parabéns porque vem fazendo um grande esforço para manter quadros capacitados e treinados.
“Todos os municípios deveriam seguir o exemplo. A Defesa Civil deve funcionar o ano todo, não só em época das tragédias. Mas obviamente que os municípios não dão conta dessa tarefa sozinhos. ”
Carlin ressalta ainda que “é preciso um grande movimento estadual e federal para fortalecer a Defesa civil brasileira com políticas públicas permanentes, investimentos mais robustos e regime diferenciado de contratação e licitação” disse.
BR 356
No percurso até Ouro Preto, especialmente no trecho da BR 356 que liga o trevo da BR 040 em BH a cidade histórica de Ouro Preto, Samuel Lara fez uma série de observações técnicas sobre os perigos da BR. A estrada se encontra quase que integralmente danificada, com quedas de barreiras na pista, afundamento de pista e buracos, com diversos locais interditados e rotas alternativas, ocasionando graves dificuldades para acesso a Ouro Preto e às cidades do entorno.
Mesmo fazendo uma análise rápida e visual é possível perceber que há inadequações na angulação dos taludes, nas alturas dos muros de arrimo e gabiões, além de péssima sinalização e falta de agentes para orientar os motoristas e transeuntes.
Diante de tais constatações, Carlin Moura enviou ofícios para o Ministério da Infraestrutura, DNIT, PRF, ANTT e Procuradoria da República em MG pedindo em caráter de urgência sejam tomadas as seguintes providências :
– Correção dos anglos de inclinação dos taludes ao longo da rodovia que em diversos locais encontram-se com angulação fora do padrão técnico ocasionando o escoamento das águas de chuva para a pista e desmoronamento de terra e especialmente uma enorme quantidade de pedras, além da imediata limpeza dos locais;
– Correção dos muros de arrimo e gabiões ao longo da rodovia que estão construídos em altura inferiores ao recomendado pelas normas técnicas, impossibilitando a adequada da contenção da terra e pedras que demoraram na rodovia;
– Reforço da sinalização e orientação aos motoristas e transeuntes que colocação de placas de sinalizações e presença de agentes e policiais pois o trecho que encontra-se praticamente sem sinalização adequada e sem a presença de agentes orientadores nos trechos interditados.